O inglês das músicas

3 de março de 2020 0 comments inclass Categories Aprendendo inglês, Dicas Inclass

Será que é mesmo possível aprender inglês ouvindo músicas?

Existem dois grandes benefícios de escutar músicas em inglês: você treina seus ouvidos para o inglês, conseguindo identificar e compreender os termos usados, e o segundo benefício é que você aprende alguns termos deste idioma de forma prática.

Sem contar que isso também te ajuda com outra coisa: oferece motivação, aquele impulso que você precisa para estudar.

Mas como nem tudo são flores, há também desvantagens em focar o seu aprendizado apenas com músicas em inglês. A seguir nós esclarecemos melhor sobre isso.

 

O inglês das músicas: por que é um perigo focar em aprender inglês com elas?

 

Ok, provavelmente muitos devem estar discordando do tema foco deste artigo. No entanto, o problema não está em aprender inglês com música, mas está em querer aprender essa língua “apenas” com esse recurso.

Quando o compositor escreve a letra de uma música, ele pouco se preocupa com regras gramaticais, o objetivo é fazer música, mas, claro, com alguma coerência.

Logo, é praticamente impossível se tornar fluente em inglês apenas escutando músicas nesse idioma, pois, com esse recurso, você não irá aprender o idioma corretamente.

Usando um exemplo que pode facilitar as coisas: escutar músicas em inglês pode servir como um complemento a parte de conversação. Numa conversação você fala em inglês e escuta a outra pessoa falando em inglês.

Mas veja, falamos que isso serve como “complemento”.

 

Aprendendo coisas erradas com falantes nativos

 

Mas um outro grande problema de usar apenas as músicas para aprender inglês é que você corre o risco de aprender muitas coisas erradas. Quer ver um exemplo? Na música “Hello” da cantora britânica Adele, vemos ela usar don’t em vez de doesn’t, confira o trecho:

For breaking your heart
But it don’t matter, it clearly

E até mesmo nas músicas mais antigas encontramos alguns erros. Um exemplo é a música Another brick in the wall, do Pink Floyd, onde é usada uma característica sintática que no português é conhecida como “dupla negação”. No entanto, isso não existe em inglês. Veja o trecho da música:

We don’t need no education

E para quem acha que foi um pequeno deslize daquele momento, isso ainda é repetido no segundo verso, veja:

We don’t need no thought control

Há músicas com erros de conjugação e até mesmo com erros ortográficos.

Um outro exemplo (absurdo) é o título da música do Timbaland “The Way I Are do”. Onde o correto seria The Way I Am.

Imagine uma pessoa aprendendo inglês com músicas e se deparando com esse título? Seria uma verdadeira confusão na cabeça dela.

Logo, a forma mais segura de aprender inglês continua sendo por meio de um curso bem estruturado, como o curso que a Inclass Idiomas oferece.

Mas não apenas focar na gramática, mas em expressões úteis, na conversação, na teoria e na prática, a fim de que o aluno tenha êxito e evolua gradativamente.

 

Inglês falado e inglês das músicas

 

Um outro problema seria o modo como as palavras são dita no inglês falado e no inglês cantado.

Vamos pegar como exemplo o português: existem músicas onde o cantor, por exemplo, canta a palavra “voltar” assim: “vouuutar”. E isso apenas para que se encaixe o ritmo da música. Já que se ele falasse “voltar” não daria para preencher a melodia como deveria.

Agora, trazendo isso para o inglês, imagine que o cantor faça a mesma coisa e, com isso, altere o modo como é pronunciada uma palavra e você acabe aprendendo assim? Deu para entender o que queremos dizer?

 

Modo correto de usar o inglês das músicas

 

O inglês das músicas pode sim ser aproveitado para o seu aprendizado. Mas qual seria a forma de utilizar esse recurso?

Como a gente mencionou, o aprendizado da gramática em inglês é essencial. Do contrário você estará sujeito a gramática errônea (com muitas gírias, abreviações, aplicações equivocadas de termos e expressões, etc) usada em muitas músicas ou mesmo as “gramáticas inventadas”, com coisas que não existem como “I are”.

Imagine a seguinte situação: você, que aprendeu o básico de inglês ouvindo música, vai para uma entrevista de emprego e diz que fez um curso na escola “X”, usando o termo “I are” nessa expressão.

Mas quando você aprende a gramática inglesa, antes ou durante o uso do recurso do inglês das músicas, então saberá discernir o que é certo e o que é errado, e evitará situações desagradáveis como a do exemplo acima. Situações que podem até mesmo fazer com que você perca uma oportunidade.

Como você pôde ver, o inglês das músicas, na realidade, não é um malefício, o problema está em como ele é utilizado.